Coisas esquisitas na Lua
O projeto Apollo levou seres humanos à Lua, mais exatamente 12 astronautas caminharam sobre superfície entre os anos de 1969 e 1972 realizando várias tarefas. Para várias dessas tarefas, os astronautas levaram equipamentos científicos, como sismógrafos, telescópios e sensores por exemplo. Nas missões Apollo 15, 16 e 17, até um jipe lunar foi levado para aumentar o alcance das caminhadas de exploração.
Tudo isso e mais um pouco ficou por lá.
A ideia era trazer de volta os astronautas, claro, e as amostras geológicas coletadas durante as expedições. Quase todos os instrumentos científicos foram deixados na Lua e alguns estão ativos até hoje, mas os astronautas deixaram para trás material, digamos, menos nobres. Alguns beirando a bizarrice.
Aqui vai uma lista de algumas coisas estranhas, ou pelo menos coisas que ninguém imagina que tenham sido transportadas, e deixadas na Lua, numa missão tão nobre e importante. Vamos começar pelo mais nojento...
Número 1, número 2 e número 3!Pois é. É isso mesmo que você desconfia. Todas as missões deixaram pacotes com fezes, urina e vômito produzidos durante a viagem de ida. Mesmo a missão Apollo 13, que nem chegou a pousar na Lua, durou quase seis dias. A produção deste tipo de, digamos, material era contínua, afinal eram três astronautas. E a adaptação ao ambiente de baixa gravidade não é coisa muito fácil; enjoos eram coisa comum.
O peso desse material nem era grande, mas quem iria deixar de trazer mais amostras científicas para trazer pacotes de dejetos? Ah, restos de comida também foram acomodados nessas embalagens. Todo o material foi acomodado em pacotes selados, do mesmo jeito que foi mostrado no filme “Perdido em Marte” que passou recentemente. Tudo ainda está lá, congelado para a eternidade.
Foto de família
Tudo isso e mais um pouco ficou por lá.
A ideia era trazer de volta os astronautas, claro, e as amostras geológicas coletadas durante as expedições. Quase todos os instrumentos científicos foram deixados na Lua e alguns estão ativos até hoje, mas os astronautas deixaram para trás material, digamos, menos nobres. Alguns beirando a bizarrice.
Aqui vai uma lista de algumas coisas estranhas, ou pelo menos coisas que ninguém imagina que tenham sido transportadas, e deixadas na Lua, numa missão tão nobre e importante. Vamos começar pelo mais nojento...
Número 1, número 2 e número 3!Pois é. É isso mesmo que você desconfia. Todas as missões deixaram pacotes com fezes, urina e vômito produzidos durante a viagem de ida. Mesmo a missão Apollo 13, que nem chegou a pousar na Lua, durou quase seis dias. A produção deste tipo de, digamos, material era contínua, afinal eram três astronautas. E a adaptação ao ambiente de baixa gravidade não é coisa muito fácil; enjoos eram coisa comum.
O peso desse material nem era grande, mas quem iria deixar de trazer mais amostras científicas para trazer pacotes de dejetos? Ah, restos de comida também foram acomodados nessas embalagens. Todo o material foi acomodado em pacotes selados, do mesmo jeito que foi mostrado no filme “Perdido em Marte” que passou recentemente. Tudo ainda está lá, congelado para a eternidade.
Foto de família
Milhares de fotos da Lua, dos astronautas, dos instrumentos e dos veículos lunares foram tiradas e trazidas em imensos rolos de filme. Aliás, 12 câmeras ficaram na superfície da Lua, mas ao menos duas retornaram à Terra.
Mas uma foto foi deixada na Lua.
Charles Duke, astronauta da missão Apollo 16 deixou uma foto de sua família embalada em um saquinho plástico. Seu verso está assinado por todos que aparecem na foto com a mensagem: “Essa é a família do astronauta Charles Duke do planeta Terra. Ele pousou na Lua em abril de 1972.” A foto ainda está lá, mas com a grande incidência de raios UV, é certo que ela se descoloriu por completo. Aliás, o mesmo é esperado para as bandeiras deixadas em cada missão.
Um pedaço da Terra
Amostras geológicas retiradas do subsolo e pedaços de rochas foram trazidos da Lua para análise na Terra. Os materiais foram fragmentados e espalhados por laboratórios de todo o planeta e até hoje são usados em análises que, com a melhoria das técnicas de pesquisa, vão rendendo novos e surpreendentes resultados.
Mas a recíproca deste caso é verdadeira, um pedaço de rocha terrestre foi deixada na Lua.
Durante os treinamentos, os astronautas partiram em algumas excursões geológicas em diversos pontos do planeta. Alguns foram para a Islândia, Havaí enquanto outros visitaram alguns desertos. O objetivo era promover o reconhecimento de formações interessantes para que amostras relevantes fossem coletas e trazidas.
Numa dessas expedições no estado americano do Óregon, a equipe se deparou com um derramamento de lava muito parecido com o que ocorreu na Lua. A região foi apelidada de “País Lunar” e um fragmento de rocha vulcânica foi levado e posteriormente entregue ao astronauta Jim Irwin. Mais tarde, Irwin carregou o pedacinho da Terra na missão Apollo 15 e a deixou na Lua. Ah, junto com o fragmento, Irwin deixou duas medalhas de prata com as impressões digitais de sua esposa e de seu filho.
Bolas de golfe, pena de falcão
Durante a missão Apollo 14, Alan Shepard levou duas bolas de golfe. Após uma caminhada para recolher amostras, ele adaptou um bastão usado para coleta prendendo a ele a ponta de um taco de golfe. Mesmo desajeitado por causa do traje espacial volumoso e das grossas luvas, Shepard deu suas tacadas. Na segunda, a bola viajou “milhas, milhas e milhas” segundo seu relato. Mesmo com a gravidade mais baixa do que na Terra, as bolas não devem ter ido tão longe assim, pois Shepard acertou a superfície da Lua antes do taco chegar à bola.
Já a pena de falcão voou na missão Apollo 15. David Scott levou uma pena do falcão Baggin, mascote da Academia da Força Aérea Norte Americana, academia de onde saíram os três astronautas dessa missão. Nem foi uma homenagem a academia, o intuito foi refazer uma famosa experiência de física.
Responda, quem cai mais rápido um martelo ou uma pena de falcão? Nossa percepção cotidiana diz que é o martelo, mas isso acontece por causa do arrasto que o ar faz nos corpos. A resistência do ar é muito maior na pena do que no martelo. Mas se você remover o ar da experiência, os dois objetos vão chegar ao mesmo tempo no chão. Chegando na Lua, Scott empunhou seu martelo de coleta de amostras geológicas e a pena, deixando-os cair de uma altura de mais ou menos um metro na frente de uma câmera de TV. Os dois objetos chegaram ao chão ao mesmo tempo, como previsto. O martelo e a pena estão no mesmo local em que foi feita a experiência e, curiosamente, Scott deixou junto um trevo de quatro folhas.
Bola para cima
Já a pena de falcão voou na missão Apollo 15. David Scott levou uma pena do falcão Baggin, mascote da Academia da Força Aérea Norte Americana, academia de onde saíram os três astronautas dessa missão. Nem foi uma homenagem a academia, o intuito foi refazer uma famosa experiência de física.
Responda, quem cai mais rápido um martelo ou uma pena de falcão? Nossa percepção cotidiana diz que é o martelo, mas isso acontece por causa do arrasto que o ar faz nos corpos. A resistência do ar é muito maior na pena do que no martelo. Mas se você remover o ar da experiência, os dois objetos vão chegar ao mesmo tempo no chão. Chegando na Lua, Scott empunhou seu martelo de coleta de amostras geológicas e a pena, deixando-os cair de uma altura de mais ou menos um metro na frente de uma câmera de TV. Os dois objetos chegaram ao chão ao mesmo tempo, como previsto. O martelo e a pena estão no mesmo local em que foi feita a experiência e, curiosamente, Scott deixou junto um trevo de quatro folhas.
Bola para cima
Em 1959 a União Soviética estava na frente dos EUA na corrida espacial e com a sonda Luna 2 pretendia fazer um pouso suave na superfície lunar. A carga da sonda tinha um contador Geiger (para medir a radiotividade do solo), um magnetômetro (para medir o campo magnético) e um detector de micrometeoritos.
Além desses instrumentos científicos, a Luna 2 levou também duas bolas de futebol feitas de metal! Uma com 12 e outra com 7,5 cm de diâmetro. Cada face, ou “gomo”, tinha o selo da União Soviética comunista, a foice e o martelo. Quando as bolas fossem lançadas, elas deveriam explodir, espalhando esses gomos com o símbolo soviético pela área de pouso. A intenção era de propaganda, mostrar para futuros visitantes que a União Soviética tinha chegado antes.
A sequência de pouso falhou e a Luna 2 se espatifou no chão. É bem provável que as bolas tenham virado um montinho de metal retorcido junto com o resto da nave.
O memorial do astronauta
Além desses instrumentos científicos, a Luna 2 levou também duas bolas de futebol feitas de metal! Uma com 12 e outra com 7,5 cm de diâmetro. Cada face, ou “gomo”, tinha o selo da União Soviética comunista, a foice e o martelo. Quando as bolas fossem lançadas, elas deveriam explodir, espalhando esses gomos com o símbolo soviético pela área de pouso. A intenção era de propaganda, mostrar para futuros visitantes que a União Soviética tinha chegado antes.
A sequência de pouso falhou e a Luna 2 se espatifou no chão. É bem provável que as bolas tenham virado um montinho de metal retorcido junto com o resto da nave.
O memorial do astronauta
Os tripulantes da Apollo 15, que deve ter sido a missão campeã em levar coisas inusitadas, levaram também um figura humana feita em alumínio de 8,5 cm de comprimento. A figura, chamada “O astronauta tombado” é uma homenagem a todos os astronautas que morreram durante a corrida espacial e representa um astronauta em seu traje. Junto à peça foi deixada uma placa de alumínio com o nome de oito astronautas norte-americanos e seis cosmonautas soviéticos que faleceram em serviço. Curiosamente, a figura foi deixada deitada de bruços, com o rosto encostado no solo lunar.
A iniciativa partiu dos próprios astronautas, sem que a NASA tivesse conhecimento. A escultura foi encomendada a Paul Van Hoyendonck um artista holandês e a homenagem só foi revelada na entrevista coletiva concedida pela tripulação após a missão. Como os astronautas proibiram o artista de produzir réplicas para venda, a NASA não fez reprimendas e até encomendou mais uma para incluir em seu museu. Só que anos mais tarde o tal artista surgiu anunciando que ainda tinha mais 199 peças e choveram ofertas por elas. Aí sim a NASA se enfezou, pois não admitia que ninguém lucrasse com a exploração lunar e ameaçou pegar pesado. Van Hoyendonck tirou o time de campo e garantiu que as 199 réplicas iriam para um cofre.
O Clube da Lua
A iniciativa partiu dos próprios astronautas, sem que a NASA tivesse conhecimento. A escultura foi encomendada a Paul Van Hoyendonck um artista holandês e a homenagem só foi revelada na entrevista coletiva concedida pela tripulação após a missão. Como os astronautas proibiram o artista de produzir réplicas para venda, a NASA não fez reprimendas e até encomendou mais uma para incluir em seu museu. Só que anos mais tarde o tal artista surgiu anunciando que ainda tinha mais 199 peças e choveram ofertas por elas. Aí sim a NASA se enfezou, pois não admitia que ninguém lucrasse com a exploração lunar e ameaçou pegar pesado. Van Hoyendonck tirou o time de campo e garantiu que as 199 réplicas iriam para um cofre.
O Clube da Lua
Pode por mais essa na conta da Apollo 15. Os três astronautas da missão estudaram na Universidade de Michigan e tiveram a ideia de deixar um certificado de fundação do “Clube da Lua da Universidade de Michigan” como parte da associação de alunos da universidade. O certificado foi assinado pelo reitor da universidade, bem como todas as autoridades da instituição.
Como parte da associação de alunos, o Clube da Lua está habilitado a receber a revista de notícias da universidade, mas ao que se tem notícia, nenhum exemplar foi entregue ainda.
A galeria secreta de arte
Como parte da associação de alunos, o Clube da Lua está habilitado a receber a revista de notícias da universidade, mas ao que se tem notícia, nenhum exemplar foi entregue ainda.
A galeria secreta de arte
Peças artísticas foram deixadas na Lua pela Apollo 12 e isso não foi oficial. Não há consenso se foi um dos astronautas ou um dos engenheiros da missão, mas alguém colou uma placa de cerâmica numa das hastes de sustentação do módulo de pouso. A placa é um pouco maior que uma moeda de 10 centavos, mas ela tem obras de seis artistas: Andy Wharol, Claes Oldenburg, David Novros, Forrest Myers, Robert Rauschenberg e John Chamberlain.
Os seis são artistas plásticos da corrente de pop art e suas contribuições vão desde uma linha reta desenhada à mão livre até a assinatura estilizada de Warhol, que garantia ser uma nave espacial.
Espelho, espelho meu
Os seis são artistas plásticos da corrente de pop art e suas contribuições vão desde uma linha reta desenhada à mão livre até a assinatura estilizada de Warhol, que garantia ser uma nave espacial.
Espelho, espelho meu
As missões Apollo 11, 14 e 15 deixaram espelhos, mas não aqueles que estavam dentro do módulo lunar para os astronautas darem um trato no visual. Os tripulantes dessas três missões deixaram painéis altamente refletores para que um feixe de laser disparado da Terra rebatesse neles e fosse detectado na volta. Com isso, vários resultados importantes foram obtidos, muito além da medição precisa da distância Terra-Lua. Entre outros, a Lua está se afastando de nós a uma taxa de 3,8 cm por ano e que Lua possui um núcleo líquido, com um raio de 20% de seu raio total.
A lista poderia continuar com outros exemplos, dependendo de como você classificaria outros objetos deixados na Lua. Por exemplo Neil Armstrong, o primeiro ser humano a pisar na Lua deixou um ramo de oliveira feito em ouro indicando que a missão não tinha nada de bélica. Outros consideram a assinatura do presidente Richard Nixon em uma placa no módulo da Apollo 11 também uma coisa esquisita. Mas aí é questão de gosto.
Fotos: Nasa e Roskosmos
A lista poderia continuar com outros exemplos, dependendo de como você classificaria outros objetos deixados na Lua. Por exemplo Neil Armstrong, o primeiro ser humano a pisar na Lua deixou um ramo de oliveira feito em ouro indicando que a missão não tinha nada de bélica. Outros consideram a assinatura do presidente Richard Nixon em uma placa no módulo da Apollo 11 também uma coisa esquisita. Mas aí é questão de gosto.
Fotos: Nasa e Roskosmos
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