domingo, 29 de janeiro de 2012

Pedra lunar trazida pela Apolo 11 revela novos dados sobre a Lua

Descoberta sugere que astro teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo
27 de janeiro de 2012 | 7h 35


Efe

A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra - causado por metais líquidos - durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apolo 11.

A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apolo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.

O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação.

Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.

Na edição desta semana da revista "Science", Erin Shea, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apolo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos.

Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.

Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual.

Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade.


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Tópicos: Lua, Pedra, Apolo 11, Núcleo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Achado na Austrália mineral que se pensava exclusivo da Lua


Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
05/01/2012 | 14h21 | Mineral


Imagem: Greg Wood/AFP Photo/Arquivo

Um mineral trazido à Terra pelos primeiros astronautas que viajaram à Lua e que se pensava exclusivo do satélite natural foi descoberto em rochas da Austrália de mais de um bilhão de anos, informaram cientistas nesta quinta-feira.

A tranquilitita é um mineral que deve seu nome ao Mar da Tranquilidade, uma planície de basalto situada na Lua, onde foi encontrada pela primeira vez em 1969.

Este mineral "se considerou durante muito tempo próprio da Lua", até que os geólogos descobriram amostras no oeste da Austrália, declarou Birger Rasmussen, cientista australiano da Universidade Curtin, em Perth (oeste).

"Sempre houve este mineral na Terra; estas amostras não vieram da Lua", destacou o cientista, que publicou sua pesquisa na revista Geology.

"Isto significa basicamente que na Lua e na Terra ocorrem os mesmos fenômenos químicos e os mesmos processos", acrescentou.

O mineral raro foi encontrado por enquanto em seis locais diferentes da Austrália e permite, entre outras coisas, datar com precisão a antiguidade das rochas que o contém, afirmou Birger Rasmussen.

Da AFP Paris

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