sexta-feira, 25 de julho de 2008

Igreja Católica x Igreja Universal (Hélio Fernandes - Tribuna da Imprensa)

Jandira Feghali, sim, "bispo" Crivela, não

Rigorosamente verdadeiro: a CNBB já decidiu sua posição em relação à eleição para prefeito do Rio. Se no segundo turno a disputa ficar entre Jandira Feghali e o ex-"bispo" Crivela (não há outra hipótese), a Igreja Católica recomendará o voto em Dona Jandira. Não importa que ela seja do PC do B, "antigamente" uma dissidência comunista.

A Igreja Católica considera que como ideologia a "ameaça comunista" não tem mais sentido. Apesar do enriquecimento cada vez maior dos ricos, que não têm a menor consciência social, o inimigo a derrotar agora é a Igreja Universal. Por isso, dirá N-Ã-O a qualquer possibilidade do Rio ser entregue aos "universalistas" do "bispo Macedo".

Essa era a realidade antes da denúncia (coletiva, cruel e assassina) contra o que Crivela chamou de "cimento social". Depois de todas as denúncias, Crivela queria até retirar a candidatura, o "patrão" Edir Macedo não deixou. Crivela se submeteu, como sempre. Crivela vai para o segundo turno, e perderá por ausência total de nomes.

Os fatos não terminaram, as convenções significam pouco, podem ser mudadas. A convenção do PMDB "escolheu" Eduardo Paes, que é INELEGÍVEL. O partido, para evitar "cisão" (mais?), pretende compor a chapa Eduardo Paes com qualquer um. Não faz mal, não ganhará mesmo. Colocaram na ata: "Se o primeiro escolhido não puder ser candidato, o segundo será o candidato a prefeito". Total desconfiança em relação a Paes. Que tem hoje o VETO de todos os partidos, se apóia em duas muletas: Cabral e Picciani.

O PT-PT escolheu Molon, que pode desistir a qualquer momento. De desalentado e derrotado, pularia para uma vice forte. (Nem isso conseguiu, está "esvoaçando").

A vinda ao Rio do presidente Lula, com três dos candidatos aparentemente mais fortes pertencendo à base, criou mais confusão do que união. Jandira Feghali, com a maior experiência e militância política e eleitoral, está à vontade. Agradeceu a Lula ter "contribuído na tentativa de unir as esquerdas". Não conseguiram, mas se ela for para o segundo turno terá apoio geral.

Crivela sentiu "o peso do desinteresse do presidente em relação à sua candidatura". Lula nem apertou a mão dele, acenou para Crivela de longe. E o ex-bispo ainda foi ao segundo compromisso de Lula, sem ser convidado.

Eduardo Paes, não há como deixar de defini-lo, um "estranho no ninho". Sentiu o constrangimento, se escondeu atrás de Cabral. O presidente, delicado e sem hostilidade, desconheceu-o. Paes foi logo embora. O que fazer depois de ser secretário nacional do PSDB e ter dito horrores de Lula na CPI dos Correios? Pessoalmente Paes não é da base.

Mas quem mostrou mesmo toda a fragilidade e a quase certa decisão de renunciar foi Alexandre Molon, que nem apareceu. Mandou dizer: "Tenho compromisso marcado muito antes". Ora, ninguém tem compromisso mais importante do que com o presidente da República. Principalmente quando se é candidato a prefeito e o presidente Lula é tido e havido "como fábrica de votos".

PS - Portanto falta muita coisa a decidir no Rio, não só em matéria de vices. Gabeira e Chico Alencar dão charme e importância à disputa, mas brigam pelos votos do mesmo setor, o que invalida os dois. Continuarão deputados federais, melhorando a votação em 2010.

PS 2 - Com a segunda derrota, Crivela cairá no esquecimento.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Após os episódios do Morro da Providência, Crivella cai na pesquisa eleitoral

Da Redação
Pesquisa divulga nesta sexta-feira (4) mostra que o senador Marcelo Crivella (PRB), candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, caiu na preferência do eleitor. A sexta pesquisa de intenção de votos realizada pelo IBPS, Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, mostra que Crivella caiu seis pontos percentuais, em relação à consulta de maio, quando tinha 27,6%. Crivella tem agora 21,3%, seguido pela candidata Jandira Feghali (PCdoB), com 15,8%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, há um empate técnico entre os dois candidatos.

Eduardo Paes, do PMDB, aparece na terceira posição com 10,5% da intenção de votos. O quadro se completa com Fernando Gabeira (PV-PPS-PSDB), com 9,9%; Chico Alencar (PSOL), com 6,6%; Solange Amaral (DEM), com 6,5%; Alessandro Molon (PT), com 2,2%; Paulo Ramos (PDT), com 1,4%; e Filipe Pereira (PSC), com 0,4%. Entrevistados que declararam intenção de votos brancos e nulos somaram 9,3%. Essa é a primeira pesquisa após a homologação de todos os candidatos da disputa fluminense.

A rejeição ao nome do candidato Marcelo Crivella também aumentou, pulando de 19,2% para 22%. Quanto à rejeição, os demais candidatos têm: Fernando Gabeira, 11,6%; Solange Amaral, 6,2%; Jandira Feghali, 4,8%; Alessandro Molon, 2,3%; Chico Alencar, 1,5%; Paulo Ramos 1,4%; Eduardo Paes 1,4%; e Filipe Pereira, 0,5%.

Cimento Social
Esta também foi a primeira pesquisa feita após o episódio do Morro da Providência, no qual três jovens foram mortos por traficantes de uma comunidade rival, e que trouxe à discussão a participação do Exército nas obras do projeto Cimento Social, de construção e reforma de casas, criado pelo senador Marcelo Crivella.

O IBPS também pesquisou a percepção dos entrevistados sobre o caso.Na opinião de 31,1% dos entrevistados, o Cimento Social é um projeto importante e que deve ser mantido; 27, 7% acham que é um projeto importante, mas que foi utilizado para fins eleitoreiros; 20,7% disseram ser um projeto meramente eleitoreiro; e 15,6% disseram não conhecer o projeto.

O IBPS fez 1.110 entrevistas entre os dias 27/06 e 03/07. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada na 228ª ZE sob o número RPE 013/2008.

Uol Notícias

quinta-feira, 3 de julho de 2008

PMDB e aliados registram candidatura Eduardo Paes à Prefeitura do Rio

colaboração para a Folha Online

O PMDB e os partidos aliados registraram nesta quinta-feira na Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro a candidatura do ex-secretário Eduardo Paes à prefeitura da capital fluminense. Porém, Paes corre o risco de ver sua candidatura impugnada.

O peemedebista teve até o último dia 5 para desligar-se do cargo, mas estava em viagem oficial. Sua exoneração foi publicada no "Diário Oficial" do Estado no dia 6, com data do dia 5. O governo nega que haja irregularidade na saída do então secretário.

A coligação encabeçada por Paes, "Unidos Pelo Rio", terá o PP, PSL e PTB. O gasto máximo previsto pela coligação na campanha é de R$ 12 milhões. O requerimento diz respeito apenas à chapa majoritária, ou seja, que disputa a prefeitura. Os nomes à Câmara ainda não foram registrados.

Tendo como vice o correligionário Carlos Alberto Vieira Muniz, Paes tem como maior desafio unir o PMDB, divido na capital fluminense.

O ex-secretário recebe apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB). Uma outra ala do partido é contrária à sua candidatura. Ela é liderada pelo ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), que apoiou Marcelo Itagiba, derrotado pelo ex-secretário na convenção do partido no último dia 22. Há ainda os "independentes", que afirmam não se alinharem ao grupo de Paes nem de Garotinho.

Partidos e coligações têm até as 19h deste sábado para registrar na Justiça Eleitoral os candidatos a prefeito, vice e vereador indicados em convenção. No domingo, começam oficialmente as campanhas. E segunda-feira encerra-se o prazo para os candidatos requererem o registro caso o partido ou a coligação não tenha feit

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