sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sonda espacial chinesa Chang'e 3 entra na órbita da Lua


A bordo está o robô Yu Tu, que vai explorar o satélite durante três meses


Lançamento da sonda Chang'e 3, que terá como principal desafio realizar um pouso suave na Lua
Lançamento da sonda Chang'e 3, que terá como principal desafio realizar um pouso suave na Lua (AFP)

A missão espacial Chang'e 3, que transporta o primeiro robô da China com a tarefa de explorar a Lua, entrou nesta sexta-feira na órbita do satélite, quatro dias após seu lançamento. De acordo com o Centro de Controle Aeroespacial de Pequim, a sonda entrou na órbita lunar às 17h53 da capital chinesa (7h53 de Brasília), após aproximadamente 112 horas de voo.

Peter Parks/AFP
Modelo do robô Yu Tu

A sonda Chang'e 3 vai ficar em órbita durante cerca de uma semana, e no próximo fim de semana descerá à superfície lunar para deixar o robô explorador, Yu Tu (Coelho de Jade). Segundo o Escritório de Tecnologia Industrial para a Defesa Nacional da China, todos os sistemas da sonda se encontram em perfeito estado, e a viagem de 350.000 quilômetros desde seu lançamento, na madrugada de segunda-feira, ocorre sem incidentes.

O grande desafio da sonda será o pouso na Lua, já que as sondas anteriores enviadas pelo país se chocaram contra a superfície do satélite após seu período de funcionamento (conforme havia sido previsto). Para isso, a Chang'e 3 foi equipada com um foguete capaz de variar sua força de impulso, o primeiro do tipo em uma missão espacial chinesa. Ele pode mudar sua força de 1.500 unidades Newton até 7.500, o que lhe permitirá dar precisão ao pouso do robô.

Coelho de Jade – A sonda deve descer sobre a cratera lunar conhecida como Baía dos Arco-íris, região escolhida especialmente por suas condições planas. O robô Yu Tu percorrerá o local durante três meses, realizando testes geológicos. Pesando 140 quilos, Yu Tu pode se deslocar a 200 metros por hora e está equipado, entre outros itens, com quatro câmeras e dois braços móveis, capazes de extrair amostras do solo lunar.

Durante sua missão, o robô vai instalar um telescópio na Lua pela primeira vez na história. Ele também vai observar a plasmasfera terrestre (camada de gás ionizado que circunda o planeta) e examinar, por meio de um radar, a superfície do satélite.

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Mitologia – O nome do programa lunar chinês, Chang'e, homenageia uma lenda tradicional oriental, segundo a qual uma deusa com esse nome habita a Lua. O robô explorador recebeu seu nome, em uma votação popular pela internet, para lembrar o animal que, segundo a tradição, acompanha a deusa Chang'e na Lua.

A China lançou sua primeira missão lunar, Chang'e 1, em outubro de 2007, e a segunda no mesmo mês de 2010. Os planos do país incluem o envio de uma quarta sonda em 2015 e outra em 2017, que deve completar a terceira fase do programa: conseguir o retorno à Terra.

(Com Agência Efe)

Nasa planeja cultivar uma horta na Lua

Câmera na Lua
A Nasa (agência espacial americana) pretender fazer um experimento inusitado em 2015: enviar à Lua um pequeno viveiro para cultivar nabos, agriões e manjericão. O objetivo da pesquisa é determinar se os humanos podem viver e trabalhar na Lua durante décadas.
Um comunicado do Centro Ames de Pesquisa da Nasa afirma que o envio das plantas pode ser o primeiro passo rumo à presença humana de longo prazo. A câmara selada para essa tentativa de germinação sobre a Lua irá a bordo da nave espacial que vencer o concurso Lunar X-Prize, do Google, em 2015.
Segundo a Nasa, a ideia é criar uma câmara de cultivo simples, selada, que possa sustentar a germinação em um período de cinco a dez dias na Lua. A agência imagina que um filtro de papel com nutrientes dissolvidos, dentro da câmara, pode alimentar uma centena de sementes de agriões, dez sementes de manjericão e outras dez de nabo.
Quando a nave pousar na Lua, um mecanismo liberará uma pequena caixa d'água que umedecerá o papel e, então, começará a germinação das sementes. Os brotos serão fotografados a intervalos regulares para comparar o crescimento com plantas de controle na Terra.
Vale ressaltar que o experimento não envolve o teste de cultivo das plantas sobre o solo lunar, que é coberto por um pó sem nutrientes que sustentam a vida vegetal e sem material orgânico decomposto que enriquece o solo terrestre. Além disso, os níveis de radiação na Lua são muito mais intensos que na Terra, já que o satélite não possui uma atmosfera que detenha os raios mais danosos do Sol.
Alimentos no espaço – A horta na Lua não é a única tentativa da Nasa de montar uma “fazenda espacial”. O Programa de produção vegetal (Veggie) também planeja para a Estação Espacial Internacional (ISS) kits para plantação de seis plantas de alface romana. Após 28 dias de crescimento sob luzes de LED cor de rosa, as plantas estarão prontas para a colheita.
Mas os astronautas não poderão comer as alfaces espaciais ainda. A primeira colheita será enviada de volta para a Terra para análise. Cientistas vão analisar se os vegetais realmente estão saudáveis, limpos e livres de bactérias.
Após a primeira colheita de alface, legumes, como rabanetes e ervilhas, devem crescer no espaço. Com o avanço do programa, a Nasa terá de descobrir um método para gerenciar as plantações mais complicadas. Trigo, por exemplo, exigiria equipamentos e uma preparação antes do consumo.
Além desses projetos, a Nasa investiu, em maio, 125 mil dólares em um projeto para a criação de um protótipo de uma impressora 3D de comida. Se der certo, a máquina poderá criar alimentos para astronautas em longas viagens espaciais.
A impressora usará cartuchos com materiais biológicos, óleos, carboidratos e proteínas em pó para fabricar a comida. A combinação desses cartuchos permitirá que a máquina imprima camada por camada, até que os alimentos ganhem forma. Cada cartucho poderá ter uma validade de 30 anos, o que será útil em viagens espaciais de longa distância.
O criador do projeto, Anjan Contractor, já provou que o sistema funciona para a impressão de chocolate. O próximo passo será tentar imprimir uma pizza. Nesse caso, a impressora criará uma primeira camada de massa e depois o molho, com uma mistura de tomate em pó, água e óleo. A cobertura será uma camada de proteína, garantindo que não falte nenhuma fonte de nutriente nos alimentos.
*Com informações da Agência EFE

domingo, 1 de dezembro de 2013

China lança sua primeira sonda espacial destinada a pousar na Lua

Missão 'Chang'e-3' decolou por volta das 15h30 deste domingo.
Equipamento batizado de 'Coelho de Jade' pesa 120 kg.
Do G1, em São Paulo

 
Imagem divulgada pela agência de notícias Xinhua mostra o foguete Long March 3B decolando neste domingo (1º) na China (Foto: Xinhua, Li Gang/AP)
Imagem divulgada pela agência de notícias Xinhua
mostra o foguete Long March 3B decolando neste
domingo (1º) na China (Foto: Xinhua, Li Gang/AP)

A China lançou neste domingo (1º) sua primeira sonda espacial destinada a pousar na Lua, segundo as agências de notícias France Presse, EFE e a televisão estatal chinesa.
A missão, batizada de “Chang’e-3” decolou às 15h30 da base de satélites Xichang, na província de Sichuan. A bordo do foguete Long March 3B está o veículo de exploração teleguiado chamado "Coelho de Jade".
Com o lançamento, a China quer realizar seu primeiro pouso na Lua, após os sucessos das missões precedentes com duas sondas lunares.
As sondas Chang'e-1 (outubro de 2007) e Chang'e-2 (outubro de 2010) permitiram realizar observações detalhadas em órbita da Lua.
O novo equipamento tem painéis solares para obter energia, realizará análises científicas e enviará à Terra imagens em três dimensões.
O veículo, de 120 quilos, pousará na Baía do Arco Íris, um território inexplorado do satélite, onde as condições são favoráveis para a comunicação com a Terra e a exposição ao Sol.
A sonda funcionará durante três meses e poderá se deslocar a velocidade máxima de 200 metros por hora.
Poderio espacial chinês
A conquista do espaço é percebida na China, que investe bilhões de dólares ao setor, como o símbolo do novo poder do país e das ambições do Partido Comunista (PCC) no poder.

As autoridades têm planos ambiciosos, como criar uma estação espacial permanente em 2020 e eventualmente enviar um ser humano à Lua, mas sua tecnologia atualmente carece da precisão que Rússia e Estados Unidos têm.
A missão, batizada de “Chang’e-3”, leva o veículo de exploração teleguiado chamado "Coelho de Jade" (Foto: Xinhua, Li Gang/AP)A missão, batizada de “Chang’e-3”, leva o veículo de exploração teleguiado chamado "Coelho de Jade" (Foto: Xinhua, Li Gang/AP)


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