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Luar do Sertão é uma
toada brasileira de grande popularidade. Seus versos simples e ingênuos elogiam a vida no
sertão, especialmente o luar. Foi originalmente um
coco sob o título "Engenho de Humaitá".
[1] Catulo da Paixão Cearense defendeu em toda a sua vida que era seu autor único, mas hoje em dia se dá crédito da melodia a
João Pernambuco (1883-1947). É uma das músicas brasileiras mais gravadas de todos os tempos.
[2][3]
Homem simples, sequer alfabetizado, João Pernambuco, a certa altura de sua vida, queixava-se de ter sido vítima de
plágio, por parte de Catulo, quanto à autoria desta modinha. Segundo
Mozart Bicalho, Catulo "disse uma vez que o Luar do sertão era uma melodia nortista, mais ou menos pertencente ao domínio folclórico". O próprio Catulo, em entrevista a
Joel Silveira, declarou: "Compus o Luar do Sertão ouvindo uma melodia antiga (...) cujo estribilho era assim: 'É do Maitá! É do Maitá'". O historiador
Ary Vasconcelos, em
Panorama da música popular brasileira na belle époque, diz que teve a oportunidade de ouvir
Luperce Miranda tocar ao bandolim duas versões do
É do Maitá: a original e "outra modificada por João Pernambuco", esta realmente muito parecida com
Luar do sertão".
Leandro Carvalho, estudioso da obra de João Pernambuco e organizador do CD
João Pernambuco - O Poeta do Violão (1997), declarou: "Por onde João andava, Catulo estava atrás, anotando tudo; foi o que aconteceu com Luar do Sertão: Catulo ouviu, mudou a letra e disse que era sua".
Referências
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